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domingo, 9 de setembro de 2012

Cirurgia ortognática - a consulta inicial

Durante a primeira consulta com o Cirurgião Crânio-maxilo-facial, o médico geralmente discute sobre os principais sinais e sintomas, as motivações do paciente para o tratamento, avalia a oclusão e as características faciais.

Esta avaliação inicial é complementada pela análise de modelos gessados, radiografias e tomografia computadorizada.  Durante esta consulta, uma explanação sobre as principais possibilidades de tratamento é realizada, ainda que de forma superficial. De posse de todas estas informações e após discussão do caso com o ortodontista responsável, um plano de tratamento é traçado geralmente uma a duas semanas após.

Para pacientes de fora da cidade, do estado ou do país, todo o material pode ser enviado anteriormente para que na primeira consulta o plano de tratamento já possa ser apresentado.
Os materiais necessários neste caso são:
  • Radiografia panorâmica e telerradiografia lateral de face (imagem digital pode ser enviada por e-mail);
  • Modelos gessados das arcadas dentárias (devem ser embalados adequadamente e rotulados de "frágil");
  • O endereço de e-mail e número de telefone do seu ortodontista;
  • Fotografias profissionais tiradas pelo seu ortodontista ou dentista nas incidências:
    - Frente facial, dentes em oclusão, lábios em repouso;
    - Frente facial, a boca ligeiramente aberta, os lábios em repouso;
    - Frente facial, sorriso natural ("largo");
    - Faciais 3/4 (oblíquas);
    - Oclusão, vista frontal (com afastadores bochecha);
    - Oclusão, vista esquerda (com afastadores bochecha);
    - Oclusão, vista direita (com afastadores bochecha);
    - Arcada dentária superior (vista oclusal);
    - Arcada dentária inferior (vista oclusal).

sábado, 4 de agosto de 2012

Quais etapas são necessárias para que a cirurgia ortognática seja realizada?

O tratamento ortocirúrgico (tratamento ortodôntico + cirurgia ortognática) geralmente leva entre dois e três anos para ser concluído. É muito específico e consiste em várias etapas, sendo uma delas a cirurgia ortognática.

Uma vez iniciado, é altamente recomendável que o plano original seja conduzido até o fim, já que raramente é possível revertê-lo ou mudar para o tratamento não cirúrgico.

Um paciente que decidiu ter um tratamento ortocirúrgico deve compreender que este é um processo complexo e demorado. Portanto, torna-se imprescindível a cooperação e boa vontade do paciente, acompanhada por um apoio do médico e do ortodontista, para que o desafio de se obter a oclusão correta e uma harmonia facial seja alcançado.

O curso do tratamento
Após a consulta inicial e análise dos exames radiográficos e modelos gessados, um plano de tratamento é elaborado. Este plano consiste em uma explicação detalhada e individualizada do processo de tratamento para cada paciente e que cada profissional envolvido no tratamento vai seguir. É de suma importância que o paciente tome uma decisão firme sobre ter o tratamento visando a cirurgia ortognática, pois como já informado anteriormente, uma vez iniciado, o tratamento é extremamente difícil de reverter.

No início do tratamento, os dentes com problemas são restaurados, os dentes do siso são removidos e, de acordo com o plano de tratamento, outros também podem ser removidos. Com o tratamento ortodôntico, após os dentes estarem corretamente posicionados, a cirurgia ortognática é realizada em um ou ambos os maxilares, e, em seguida, o tratamento ortodôntico é finalizado geralmente em até seis meses.

Após a remoção dos bráquetes (aparelho ortodôntico), podem ser necessárias restaurações, coroas,  implantes dentários ou outros procedimentos odontológicos. Depois que tudo isso estiver concluído, o paciente irá desfrutar e se beneficiar de um sorriso e características faciais muito mais agradáveis​​.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Quem são geralmente os candidatos à cirurgia ortognática?



Pacientes com idade entre 18 e 45 anos são geralmente os melhores candidatos para a cirurgia ortognática. Entretanto, cada vez mais a cirurgia é feita em pacientes com idade acima daquele limite, principalmente em casos de ronco e apnéia do sono.

A cirurgia ortognática é realizada após a idade de 18 anos, quando as mandíbulas normalmente param de crescer, sendo apenas raramente realizada abaixo desta idade. Via de regra, em crianças menores, o tratamento limita-se à ortodontia e modificação de crescimento dos maxilares. No entanto, quando o tratamento ortodôntico não é eficaz, o paciente e os pais devem ser alertados para a possível necessidade da cirurgia ortognática.

Apesar de a idade ser um fator importante, o estado clínico geral e saúde dental e periodontal são as principais preocupações quando se considera a cirurgia ortognática em pacientes de idade mais avançada. É possível operar em um paciente com mais idade, no entanto, doenças sistêmicas como hipertensão, diabetes, problemas renais e hormonais, além da ausência de dentes, alterações periodontais podem fazer com que o tratamento ortocirúrgico seja prejudicado.



domingo, 24 de junho de 2012

Por que precisamos de Cirurgia Ortognática?

Em geral, pessoas são submetidas à cirurgia ortognática devido a três motivos que podem aparecer juntos ou isoladamente:

- Maloclusão;
- Desarmonia facial;
- Ronco e apnéia do sono.

A maloclusão, que a grosso modo traduz-se pelo encaixe indadequado dos dentes superiores com os inferiores, prejudica a função mandibular e não permite a mastigação adequada dos alimentos. Isso pode exercer influência negativa na digestão dos alimentos e na saúde total do corpo. Além disso, o apinhamento dos dentes facilita o acúmulo de restos de alimentos e dificulta a manutenção da higiene oral. Assim, os dentes tornam-se mais susceptíveis à cárie dentária ou doença periodontal.
Também devido à maloclusão, os dentes podem se desgastar mais rápido do que o normal e a vida útil das próteses dentárias pode encurtar.

Maloclusões graves causadas por incompatibilidade de tamanho e posição dos maxilares (maxila e mandíbula) podem causar sérios problemas. Por exemplo, os pacientes com mandíbula (maxilar inferior) pequena são mais propícios a apresentarem ronco e apnéia do sono, o que por sua vez causa prejuízo a várias funções do corpo como pressão alta, sonolência durante o dia, dor de cabeça, dificuldade de concentração, nervosismo, entre outras.

Além de influenciar a harmonia facial, freqüentemente a maloclusão causa também forte efeito negativo sobre a função da fala e muitas vezes pode ser acompanhada de dor nas articulações temporomandibulares. Em casos de lábio superior curto associado ou não a excesso vertical da maxila (maxilar superior), os lábios ficam abertos durante o repouso e há grande chance de exposição exagerada da gengiva durante o sorriso.

E o que tem a ver o ronco e apnéia do sono com cirurgia ortognática? Muita coisa.

Um bom exemplo é o do paciente que apresenta retrognatismo, que pode ser observado clinicamente naqueles com "queixo pequeno". Esta alteração geralmente é acompanhada de um estreitamento da via aérea com consequente aumento da resistência à passagem do ar em particular durante o sono. Durante este período, nossos músculos estão relaxados, o que pode resultar no ronco e, em casos mais severos, em apnéia do sono (parada da respiração).

Uma das alternativas de tratamento para este paciente é justamente a cirurgia ortognática. Com este procedimento podemos reposicionar os maxilares colocando-os em uma posição mais adequada. O resultado disso é uma melhor oclusão dentária, associada a uma face mais harmônica e, principalmente, nestes casos, uma via aérea mais ampla.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O que é Cirurgia Ortognática?

A cirurgia ortognática é uma cirurgia realizada para reposicionar os maxilares. Pode ser executada na maxila (onde fica a arcada dentária superior), na mandíbula (onde fica a arcada dentária inferior) ou em ambas. 

Durante a cirurgia ortognática, podemos obter um alinhamento correto entre os maxilares, entre os dentes (oclusão) e entre estes e o restante da face.
Consequentemente, uma melhor harmonia facial é alcançada.
Quando os dentes são movidos para frente ou para trás, para cima ou para baixo, ou quando são girados, os tecidos moles (pele, músculos, gordura) faciais no queixo, bochechas, lábios e ponta do nariz passam a ter uma conformação mais adequada.

Portanto, uma vez que os maxilares estão posicionados corretamente, uma harmonia entre as estruturas faciais é obtida, o que resulta em um perfil mais bonito, além de geralmente contribuir também para uma ampliação das vias aéreas. Esta última característica é particularmente importante nos casos de ronco e apnéia do sono.

O tratamento propriamente dito se inicia com o ortodontista. Em paralelo, são feitas as avaliações iniciais e possíveis intervenções com a psicóloga e/ou fonoaudióloga.

O aparelho ortodôntico é colocado para que os arcos dentários sejam alinhados, a fim de alcançar o melhor contato possível interdental, independentemente da posição das maxilas. Este método é chamado de “descompensação”. Para isso, os movimentos ortodônticos realizados geralmente são opostos aos que ocorrem no tratamento ortodôntico isolado. Por isso, frequentemente há uma piora do perfil facial durante esta primeira etapa, até que a cirurgia seja realizada.

Após as arcadas estarem alinhadas em suas bases ósseas, a cirurgia é então realizada de modo que uma ou ambas as maxilas são fixadas em uma nova e correta posição. O tratamento ortodôntico continua durante o tempo que for necessário (geralmente de 3 a 6 meses) após a cirurgia até que todos os dentes sejam trazidos para a oclusão mais adequada possível.