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domingo, 24 de junho de 2012

Por que precisamos de Cirurgia Ortognática?

Em geral, pessoas são submetidas à cirurgia ortognática devido a três motivos que podem aparecer juntos ou isoladamente:

- Maloclusão;
- Desarmonia facial;
- Ronco e apnéia do sono.

A maloclusão, que a grosso modo traduz-se pelo encaixe indadequado dos dentes superiores com os inferiores, prejudica a função mandibular e não permite a mastigação adequada dos alimentos. Isso pode exercer influência negativa na digestão dos alimentos e na saúde total do corpo. Além disso, o apinhamento dos dentes facilita o acúmulo de restos de alimentos e dificulta a manutenção da higiene oral. Assim, os dentes tornam-se mais susceptíveis à cárie dentária ou doença periodontal.
Também devido à maloclusão, os dentes podem se desgastar mais rápido do que o normal e a vida útil das próteses dentárias pode encurtar.

Maloclusões graves causadas por incompatibilidade de tamanho e posição dos maxilares (maxila e mandíbula) podem causar sérios problemas. Por exemplo, os pacientes com mandíbula (maxilar inferior) pequena são mais propícios a apresentarem ronco e apnéia do sono, o que por sua vez causa prejuízo a várias funções do corpo como pressão alta, sonolência durante o dia, dor de cabeça, dificuldade de concentração, nervosismo, entre outras.

Além de influenciar a harmonia facial, freqüentemente a maloclusão causa também forte efeito negativo sobre a função da fala e muitas vezes pode ser acompanhada de dor nas articulações temporomandibulares. Em casos de lábio superior curto associado ou não a excesso vertical da maxila (maxilar superior), os lábios ficam abertos durante o repouso e há grande chance de exposição exagerada da gengiva durante o sorriso.

E o que tem a ver o ronco e apnéia do sono com cirurgia ortognática? Muita coisa.

Um bom exemplo é o do paciente que apresenta retrognatismo, que pode ser observado clinicamente naqueles com "queixo pequeno". Esta alteração geralmente é acompanhada de um estreitamento da via aérea com consequente aumento da resistência à passagem do ar em particular durante o sono. Durante este período, nossos músculos estão relaxados, o que pode resultar no ronco e, em casos mais severos, em apnéia do sono (parada da respiração).

Uma das alternativas de tratamento para este paciente é justamente a cirurgia ortognática. Com este procedimento podemos reposicionar os maxilares colocando-os em uma posição mais adequada. O resultado disso é uma melhor oclusão dentária, associada a uma face mais harmônica e, principalmente, nestes casos, uma via aérea mais ampla.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O que é Cirurgia Ortognática?

A cirurgia ortognática é uma cirurgia realizada para reposicionar os maxilares. Pode ser executada na maxila (onde fica a arcada dentária superior), na mandíbula (onde fica a arcada dentária inferior) ou em ambas. 

Durante a cirurgia ortognática, podemos obter um alinhamento correto entre os maxilares, entre os dentes (oclusão) e entre estes e o restante da face.
Consequentemente, uma melhor harmonia facial é alcançada.
Quando os dentes são movidos para frente ou para trás, para cima ou para baixo, ou quando são girados, os tecidos moles (pele, músculos, gordura) faciais no queixo, bochechas, lábios e ponta do nariz passam a ter uma conformação mais adequada.

Portanto, uma vez que os maxilares estão posicionados corretamente, uma harmonia entre as estruturas faciais é obtida, o que resulta em um perfil mais bonito, além de geralmente contribuir também para uma ampliação das vias aéreas. Esta última característica é particularmente importante nos casos de ronco e apnéia do sono.

O tratamento propriamente dito se inicia com o ortodontista. Em paralelo, são feitas as avaliações iniciais e possíveis intervenções com a psicóloga e/ou fonoaudióloga.

O aparelho ortodôntico é colocado para que os arcos dentários sejam alinhados, a fim de alcançar o melhor contato possível interdental, independentemente da posição das maxilas. Este método é chamado de “descompensação”. Para isso, os movimentos ortodônticos realizados geralmente são opostos aos que ocorrem no tratamento ortodôntico isolado. Por isso, frequentemente há uma piora do perfil facial durante esta primeira etapa, até que a cirurgia seja realizada.

Após as arcadas estarem alinhadas em suas bases ósseas, a cirurgia é então realizada de modo que uma ou ambas as maxilas são fixadas em uma nova e correta posição. O tratamento ortodôntico continua durante o tempo que for necessário (geralmente de 3 a 6 meses) após a cirurgia até que todos os dentes sejam trazidos para a oclusão mais adequada possível.